quarta-feira, 29 de julho de 2009

Você já traiu?

Quase toda mulher não solteira acha que tem um homem fiel. Para atestar o quanto de ilusão há nisso, resolvi pesquisar. Partindo do conceito bem simples de que trair é beijar outra mulher que não a sua, perdi meu tempo marcando em um papel quais amigos já haviam traído e quais nunca haviam (sim, gastei tempo fazendo isso). O resultado foi uma goleada: 46 dentre os 59 lembrados já haviam traído, o que equivale a 77%. Contando-se que parte dos amigos não foi analisada porque eu não tinha certeza da resposta e que alguns dos “não traidores” já devem ter pulado a cerca sem que ninguém soubesse, o percentual real deve ficar entre 80% e 90%. Como explicar esse chocolate?

Desde que o mundo é mundo, quem se relaciona tem a oportunidade de trair. Atualmente, devido à dinamização nos fluxos de comunicação e transporte, um homem entra em contato com muito mais mulheres do que entraria se vivesse no mesmo lugar há 20 anos. Com a multiplicação do contato, multiplicam-se também as oportunidades, que são hoje em maior número e mais fáceis do que nunca.

Certamente a maioria dos homens não as aproveitaria se isso fosse redundar em dores de cabeça posteriores com suas mulheres “oficias”. Porém, para infelicidade da legalidade, relacionamentos curtos e/ou sem compromisso não são mais mal vistos socialmente. A mulher “ilegal” pode perfeitamente pegar o cara e sumir que não será recriminada pelas amigas. No lado masculino, a traição não só não é mal vista como muitas vezes é glorificada no grupo de amigos. Onda atraente sem contra-indicação!

Com um ambiente de muitas oportunidades e poucos valores morais contrários, não trair passa a ser esforço constante. A única coisa que separaria o homem de consumar o ato seria uma fiel crença pessoal de que a traição é uma sacanagem com a mulher. Porém, como já dizia o poeta, where there´s a will, there´s a way. A mente masculina é pródiga em criar soluções criativas para aquilo que realmente a aflige, e é dela que vem muitas justificativas racionais que põem abaixo a barreira moral pessoal e sacramentam a opção em prol da traição, tais como: “Se eu ficar só com ela não consigo. Logo, é para o bem do relacionamento”, “Estou apenas testando se gosto dela de verdade” e o famoso “Comer puta não é trair”.

No universo masculino, trair é normal. Cool mesmo é não trair. Os homens, biologicamente picaretas, tem mais oportunidades do que nunca, mulheres que aceitam uma noite e nada mais e amigos que acham legal chutar o balde. Com um contexto tão propício, inventar desculpas que justifiquem racionalmente o ato é mole. Os que não traem são pouquíssimo – mesmo. Um conselho para as mulheres: se você tem certeza de que seu homem não te trai, não largue ele! Mas lembre-se que você tem no mínimo 77% de chances de estar errada.

Obs I: Uma mulher que tenha lido o texto pensará: “Nossa, que horrível! Mas não adianta nada ficar penando nisso”. Não adianta, mas que você vai pensar nisso antes de dormir, vai.

Obs II: Ainda bem que contei cada amigo que traiu com 1 tracinho. Tem alguns que, se eu fosse contar pela quantidade de vezes, ia gastar um dinheirão comprando caderno na papelaria.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sobre ser solteiro e sobre estar namorando

Sobre ser solteiro

O que é ser solteiro? Ser solteiro de verdade é uma arte.
A solteirisse é como o silêncio. Muitas vezes em um ambiente silencioso ligamos algum som (rádio, tv, etc) para não nos depararmos com o silêncio. O silêncio é amedrontador, é quando nos encontramos com nós mesmos e com a temida solidão. É natural, portanto, que para nos livrarmos dele lancemos mão de qualquer recurso que simule companhia.

Os solteiros agem da mesma forma. Não gostam de admitirem-se sós e para fingirem-se amados criam casos que nada tem de profundo. Convivem com o paradoxo de fazerem-se amados sem, entretanto, serem amados nem sentirem-se amados.

Ser solteiro sem tentar se enganar é uma arte, pois é o que te faz aproveitar o momento. Sempre olhamos os espinhos da rosa e julgamos nossa atual fase como inferior a uma que está por vir. O solteiro de verdade, ao contrário, aproveita o fato de não ter que dar satisfação, de não passar por crises, de não depender de outra pessoa para o seu bem-estar, de poder aproveitar verdadeiramente os amigos.

O solteiro de verdade aproveita o momento como ele é, sem se preocupar com os espinhos da rosa. A solteirisse faz falta – e muita. O problema é que a maioria só nota esta falta quando está namorando, e ai passa a desejar ser solteiro para se livrar de crises, compromissos, etc. Aquele que tem medo de ser solteiro acaba criando um ciclo interminável de futuro glorioso que nunca chega.

Para se saber o significado de ser solteiro, deve-se não deve-se perguntar a um outro solteiro, mas sim a alguém que namora. A opinião quase unânime é: aproveite muito o momento, algum dia você vai sentir falta disso. Amém.

Sobre estar namorando

O namoro chega a ser engraçado para quem vê de fora. Tudo é muito claro para os observadores, mas para quem vive o momento nada é – nem deve ser – uma equação previamente resolvida.

O começo são as mil maravilhas. Tudo é lindo. Há sempre a esperança de que o relacionamento vá durar muito somada à certeza de que a escolha do parceiro foi acertada. Cada um exibe seu lado mais vendável e por conseqüência as novidades positivas são constantes. Neste estágio os casais ainda costumam estar mais abertos para o mundo.

O meio do relacionamento é o período das relevações e do fechamento. Neste período todos acham que estão melhores do que todo mundo, que aquele namoro começado na euforia se solidificou e já é uma realidade de sucesso, o que faz com que o casal, no auge da prepotência, ache que um basta ao outro. Paradoxalmente, um também começa a observar os defeitos do outro, mas para não abalar a perfeição alcançada acaba virando o maior advogado do parceiro. Ao relatar o problema para alguém, por exemplo, faz uma descrição de porque aquele problema, em determinado contexto, visto de determinado ângulo, não chega a ser tão grande.

O final é a Era das Desculpas. A enorme maioria dos namoros se esgota ainda em curso. Ai vem a fase das crises periódicas e das tentativas cada vez mais absurda de remendos. O medo da solteirisse associado à decepção pela depreciação daquele relacionamento antes tão perfeito faz o casal se sabotar e procurar se agarrar em qualquer coisa que mostre que o relacionamento está vivo ainda. Neste estado, os observadores já notaram que o fim é uma realidade, mas o casal vira advogado do absurdo e argumenta por A + B que a realidade interna é diferente, que ainda há um gás oculto.

O fim é a hora de passar tudo a limpo. Terminada a necessidade de defender o relacionamento, vem o juízo real sobre todo período. Gradativamente, cada um vai vendo o que realmente acontecia. Vê-se que o problema que se defendia era realmente um problema dos graves. Vê-se o quanto de tempo se perdeu tentando se enganar sobre um defunto já decrepto. Deste choque de “quanto tempo eu perdi!” vem o primeiro gás da solteirisse, e para se recuperar o tempo perdido, os amigos – aqueles mesmos preteridos no meio da relação – e as noitadas – também consideradas “inferiores” no meio da relação – são as bóias de salvação.

Com a solteirisse, reinicia-se o ciclo de “sobre ser solteiro”.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Era Obama


A moda era Obama, agora não é mais. O governo dele será irrelevante. Ninguém vai querer saber. Eu não vou, minha mãe não vai, você não vai. Obama foi eleito para ser eleito, não para governar. Ele é um dos políticos cuja força simbólica de sua eleição já basta e seu governo acaba não sendo mais do que um mero complemento de todo processo que o levou ao posto.

Se eu perguntar sobre Nelson Mandela para vinte pessoas, por exemplo, todas saberão que foi presidente da África do Sul. Já se eu perguntar às mesmas vinte sobre o seu governo, acho difícil que alguém saiba uma vírgula sobre sua política social ou econômica. O significado de Mandela foi ter sido o presidente negro de uma nação racista, e dane-se seu governo.

Com Obama será a mesma coisa. Daqui a vinte anos sua administração terá sido esquecida. Obama não tem margem de manobra. Se não mudar nada, será execrado pela opinião pública. Se mudar muita coisa, a pistola da extrema-direita dispara, e eis um novo Kennedy. O que ele fará será se equilibrar no fio da navalha e promover as mudanças óbvias.

Os EUA vão sair do Iraque? Claro. Não há mais condição política para permanecer lá. Os EUA vão superar a crise? Claro. A crise não é do tamanho que se imagina e o capitalismo já se mostrou capaz de superar entraves muito maiores. O consumo de petróleo diminuirá nos EUA? Não. Só quando o petróleo secar, mas como sempre o ser humano vai inventar um jeito de driblar os problemas ambientais. As questões de vanguarda, como casamento gay, vão ganhar espaço? Claro. Não se pode parar o trem da história.

Esses são os principais pontos do governo Obama. O que ele terá a ver com o desenrolar deles? Nada. Seu governo já está escrito.

Obama foi eleito para ser eleito, não para governar. Pois bem: já cumpriu seu papel na história. Se ele tentar interromper o fluxo natural das coisas, terminará na bala e virará mito. Se ligar o piloto automático, terminará no Nobel. Essa é a sua grande – e única – escolha.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quem dá mais?

Nunca teve tanta gente no mundo. Nunca as pessoas se comunicaram tanto, seja ao vivo ou por meios de comunicação. Apesar disso, o número de satisfeitos com o próprio relacionamento – ou com a falta de um – parece ser uma raridade. O que percebemos é uma legião de solitários e uma enorme predominância de namoros por conveniência. Pare e pense: quantas pessoas ao seu redor vibram com a vida amorosa que tem? Na minha visão, umas das principais razões para esse aparente paradoxo é uma coisa que parece não ter nada a ver com os relacionamentos: a lógica do consumo.

Somos doutrinados a sermos consumistas. Desde pequenos aprendemos que o consumo é uma forma de inserção na sociedade, e também o que condiciona em que lugar dela nos posicionamos. Por mais conscientes que sejamos dessa lógica, acabamos por internalizá-la. Queremos sempre a novidade do momento, que, se adquirida, é prontamente consumida para dar espaço para a próxima. O novo seduz, mas dura apenas o suficiente para não travar a frenética roda viva.

Essa lógica perversa acaba naturalmente por extravasar o campo econômico e invadir as demais áreas de nossas vidas. Nos acostumamos a valorizar o bom, bonito e rápido em detrimento do consistente. É exatamente esse gosto pelo descartável o que invade o campo amoroso, vitimando prematuramente grandes histórias e promovendo o nascimento de romances descabidos.

Para se desenvolver um relacionamento é necessário calma e paciência. Já vi várias e várias reportagens com casais que estão juntos há décadas. A resposta para a pergunta “Qual o segredo de uma relação duradoura?” é sempre a mesma: “Paciência!”. Aliada à paciência, outro atributo fundamental para um longo relacionamento é a calma, o que permite a você ver além da cortina de fumaça e esperar o tempo certo de achar e conhecer alguém. Noutras palavras, ir descobrindo a pessoa aos poucos até se encantar, caso o perfil dela bata com o seu.

A lógica do consumo vai de encontro a esses comportamentos. Ao invés de ter a calma de esperarmos o sentimento se desenvolver no seu tempo, queremos tudo aqui e agora. Não importa as possibilidades de futuro, as afinidades profundas. Não importa nada que vá além da cortina de fumaça. Queremos ser prontamente atraídos por meia dúzia de duas ou três qualidade ocas, para nos encantarmos logo de cara e idealizarmos naquela pessoa algo que ela não é. Desejamos o produto mais bonito e empolgante.

Se a calma não concorda com a lógica do consumo, a paciência muito menos. Passada a empolgação dos primeiros encantamentos vazios, vem o choque com a realidade. Muitas vezes, quando se nota que a pessoa não é aquele ente maravilhoso fantasiado, o caminho óbvio é descartá-la e seguir para a próxima. A paciência de agüentar os defeitos do outro para, naquilo que te incomoda, achar a verdadeira graça, não tem vez.

Na outra ponta da decepção pós-euforia inicial, há os que se conformam com a mediocridade e jogam a poeira para debaixo do tapete. Obedecendo puramente à lógica do consumo, o sujeito simplesmente se desfaria do produto “sem graça” ou “defeituoso”. Porém, neste caso a separação é dolorosa e pode ter doídos efeitos colaterais. Para evitar sofrimento, portanto, opta-se por deixar rolar e conviver com um ex-parceiro em atividade ao seu lado.

A análise fria dos fatos poderia levar algum desavisado a crer que hoje o amor prospera mais do que nunca. Porém, o que se vê é o contrário. Parte disso deve-se à lógica do consumo que leva-nos a fazer escolhas baseadas em aspectos efêmeros das pessoas. Passada a euforia, descartamos o relacionamento ou nos adaptamos à mediocridade. Em tempos como os de hoje, quando a maioria dos namoros dura menos que um carro, paciência e calma são produtos em falta no estoque.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Você faz suas escolhas. Suas escolhas fazem você

“Na verdade, o que ninguém quer é sofrer”. Essa frase, dita por um amigo que já tomou uma bela rasteira na vida amorosa, capta de forma simples o desejo da maioria das pessoas quando se envolvem com alguém. Por mais complexas que as coisas pareçam, em última instância o que queremos é a felicidade – ao mesmo tempo em que fugimos do sofrimento como o diabo foge da cruz.

O problema é que a enorme maioria das pessoas teme a perda muito mais do que procura o ganho. Elas temem o ridículo, o abandono, a rejeição, e para evitar o sofrimento acabam orientando suas ações pelo medo.

E qual o maior conselho do medo? Simples: Não se arrisque. O risco é inerente à vida. Tomar decisões é um imperativo, e toda decisão trás consigo uma perda e um ganho. Porém, o que se pensa é que é possível viver sem se arriscar, pelas sombras, flutuando pelo éter da mediocridade. O que acaba acontecendo é que se opta pelo “inho” para evitar os vôos mais altos e o perigo das quedas mais dolorosas.

A burrice dessas opções aparentemente seguras é que elas levam a vôos mais baixo, que com o tempo revelam a sua mediocridade e acabam virando uma conveniência. A mediocridade suga e atrasa uma pessoa muito mais do que qualquer queda dolorosa. A queda ensina, a mediocridade emburrece.

Meu conselho sincero é um só, tanto para os que detestam o risco quanto para os que o amam: arrisque-se. No livro “Axiomas de Zurique”, onde os banqueiros suíços ensinam os mortais a investir, o risco é exposto da mesma forma. Não há “não arriscar”. Quando aceitamos o atoleiro da chamada segurança, o que na verdade ocorre é que assentimos a derrota antes mesmo de tentarmos, e estagnamos no atraso.

Arrisque-se, exponha-se, aposte. Não há outra opção, e, mesmo se houvesse, nada justifica uma vida medíocre em prol de evitar dores que vem, vão e fortalecem. O risco é inerente à vida e à evolução. No fim das contas, você pode tentar 5 para só acertar uma, mas certamente essa uma marcará muito mais do que as outras quatro, e com certeza será mais valiosa do que seriam cinco medíocres. Grandes pessoas arriscam. Nas palavras de Charles Chaplin: “O mundo é de quem se atreve”.

A Pirâmide da Múscia

A Cidade da Música já é mais pop do que qualquer atração que possa vir a receber. Antes mesmo de ser inaugurado, o complexo da Barra da Tijuca tem recebido atenção especial da gestão do prefeito Eduardo Paes e da mídia. Tudo isso porque descobriram o óbvio: a obra de quase meio bilhão, além de totalmente dispensável, tem gastos inexplicáveis e inúmeras falhas de execução.

Obras mal feitas, descoladas do interesse público e superfaturadas não são novidades para os cariocas – basta se lembrar dos piscinões abandonados, do portal/passarela/qualquer coisa no final de Ipanema e das eternas intervenções para despoluir a Baía de Guanabara. Sendo assim, a que devemos atribuir a atenção tão carinhosa dada à Cidade da Música?

Depois de 16 anos de domínio sobre a cidade do Rio de Janeiro, em 2008 César Maia amargou uma derrota humilhante nas urnas. Solange Amaral, candidata do então prefeito à sucessão, conseguiu a proeza de ficar apenas em sexto lugar, com pouco mais de 3% dos votos. Como se não bastasse, a bancada do Democratas, o partido de César Maia, perdeu 4 das 12 vagas que tinha dentre as 52 da Câmara de Vereadores. Esse resultado foi fruto de um terceiro mandato lamentável de César, associado ao desgaste natural de sua imagem após uma hegemonia tão longa.

Este espaço deixado pelo cacique político logo foi ocupado por uma nova patota. Eduardo Paes é novo, tem boa imagem, conta com o apoio do governador e do presidente e é picareta. Em resumo: tem o perfil ideal de alguém com todas as condições para ficar muito tempo no poder.

O problema é que César Maia é mal feito pica-pau, e essa turma nova sabe disso. Não vai demorar muito e o antigo faraó vai botar as garras de fora para abocanhar a fatia que perdeu do bolo. Ninguém sabe se ele voltará já nas eleições de 2010, buscando o Senado, ou se esperará 2012 para tentar a Prefeitura. Fato é que César Maia vem ai com tudo, e como Brasileiro tem memória curta, a reinvestida pode colar.

Se a nova patota conseguir rechaçar esse ataque, o próximo virá mais fraco e praticamente não haverá empecilhos para que ela fique um longo tempo no poder. Já se tomar um “X” (nome dado no automobilismo à situação em que um carro é ultrapassado por aquele que acabou de ultrapassar) sairá humilhada do cenário político e o faraó Maia pode voltar a reinar por muito tempo.

E a Cidade da Música com isso? Essa obra foi um erro político de César Maia. O então prefeito gastou o que não tinha, comprou briga com a opinião pública e entregou a construção inacabada para a nova gestão. Ora, se um dos objetivos principais de Eduardo Paes é inviabilizar a volta de César Maia, nada melhor do que explorar ao máximo esse erro do oponente, mostrando para a opinião pública todas as falhas e irregularidades do projeto. Não é por acaso que com apenas seis meses de governo a revisão das contas da obra já esteja adiantada – e, claro, apontando coisas do arco da velha. As investigações, que prometem uma enxurrada de denúncias, ainda são amplificadas pela cobertura da mídia, sempre solicita quando o assunto é falar mal do César Maia.

A Cidade da Música ainda vai dar muito o que falar. A nova patota de Eduardo Paes fará César Maia sangrar ao máximo para atrapalhar a tentativa de volta do ex-prefeito em 2010 ou 2012. O objetivo de todo esse circo é fazer da Cidade da Música a pirâmide de César Maia. Nas pirâmides os egípcios enterravam os antigos faraós. Na Cidade da Música a oposição tentará enterrar César Maia.