quarta-feira, 9 de julho de 2014

A bola não entra por acaso



Dida; Maicon (Cicinho), Lucio, Roque Junior, Gilberto; Emerson, Zé Roberto; Kaká (Renato), Ronaldinho Gaúcho; Robinho (Júlio Baptista) e Adriano.

Essa foi a escalação do Brasil na vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha na Copa das Confederações de 2005. O torneio foi emblemático. Era o primeiro ato de uma geração talentosa que chegava para suceder Cafu, Ronaldo, Roberto Carlos etc.

E a turma era boa mesmo. O Brasil jogou bem e ganhou o torneio sobrando. Kaká, Robinho, Ronaldinho e Adriano puxavam uma safra que ainda contava com Diego, Fred, Nilmar e outros. Com o bastão oficialmente passado na Copa de 2006, teríamos as Copas de 2010 e, principalmente, de 2014 para colher frutos gordos.

Porém...

Kaká se quebrou em 2010 e não voltou a ser o mesmo. Robinho não foi nem perto do que se esperava. Adriano se perdeu em tudo possível e ninguém sabe nem se ele tá vivo ou morto. E Ronaldinho Gaúcho ganhou tudo que podia até 2006 e tocou a carreira no modo easy.

Resultado: a geração de ouro virou a geração perdida. Na Copa de 2010, a seca de talentos deu um time sofrível, pouco inspirado. Saímos nas quartas de final.

Em 2014, o pepino sobrou para a nova geração. Sem transição ou preparo adequado, Neymar e companhia tiveram que lidar com a responsabilidade de jogar a Copa em casa com o risco sempre presente de uma nova catástrofe como a de 1950.

Já a Alemanha, aquela do segundo parágrafo, também tinha uma geração nova chegando em 2005. Sem sobressaltos, seguiu o caminho. Fez uma Copa de 2006 razoável, uma de 2010 melhor e chegou em 2014 para ganhar.

E assim será.

A bola não entra por acaso.

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